As últimas da Björk, de olho na América do Sul

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Rotular Björk apenas como “cantora” chega a ser sacrilégio. A islandesa, uma das artistas mais completas, polêmicas e às vezes incompreendidas do pop vem explorando e muito sua criatividade com o novo disco, “Vulnicura”, nono dela de estúdio, lançado no início deste ano. Só nesta semana, ela aparece em manchetes com pelo menos três pautas distintas. E, melhor, ótimas.

1 – O vídeo de “Black Lake”, canção sensível de 10 minutos (melhor do disco), que retrata bem a “fragilidade sentimental” do álbum, foi divulgado para o mundo todo. A obra do diretor Andrew Thomas Huang foi projetada primeiro em uma exposição multimídia sobre a artista, realizada no Museu de Arte Moderna – MoMA – de Nova York.
Com aquela classe perturbadora de sempre, o clipe foi filmado com imagens em 360º mostrando a cantora vagando em fendas entre rochas, até encontrar uma saída. E, em seguida, a luz. Repetindo: 10 minutos dramáticos.

2 – “Vulnicura” vai ganhar uma versão remixada. A primeira leva de releituras tem as faixas “Notget”, “Family”, “Lionsong” e “History of Touches”. As novas versões ficaram por conta dos artistas Lotic, Kate Gatley, Mica Levi e Krampfhaft, respectivamente.

3 – Por fim, a cantora concedeu uma rara entrevista hoje pelo Facebook, em ação promovida pela revista cool Dazed and Confused. Björk respondeu perguntas dos fãs sobre o novo álbum e também sobre questões gerais. Em relação à parte em que nos cabe, a islandesa disse ser fã do funk brasileiro, mais especificamente do MC Brinquedo, que lhe foi apresentado pelo seu parceiro musical venezuelano Arca. Björk inclusive tocou uma faixa do MC brasileiro em uma discotecagem em Nova York mês passado.
No meio das perguntas, óbvio, apareceu um brasileiro perguntando quando a cantora vem ao Brasil. Björk respondeu que existem planos que caminham para isso “na próxima primavera”, citando ainda países como Colômbia e Venezuela como destinos bem encaminhados.
A islandesa não vem ao país desde 2007, quando fez sua última turnê de três em solo brasileiro. As outras duas foram em 1996 e 1998. Em 2012, Björk cancelou em cima da hora sua apresentação no Sónar daquele ano, em São Paulo, quando se afastou dos palcos após a descoberta de nódulos em suas cordas vocais.

Pensando um pouco alto: considerando que a agenda da cantora aponta uma apresentação no Iceland Airwaves na primeira semana de novembro como “última data” do ano até o momento, que o Sónar brasileiro cai na nossa primavera (última semana de novembro), e que a cantora está “devendo” um show na versão brasileira do festival, será que…

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